segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Civilização Romana - Aula I




Olá alunos, tudo bem?? Tenham todos uma semana com muitos estudos. HJ abordaremos uma aula de um total de duas sobre a uma das civilizações mais fascinantes da nossa história: A Civilização Romana.




A história de Roma esta entre um dos mais longos das civilizações cobradas no ENEM devido não só ao fascínio desta civilização como ao legado histórico e artístico que nos legou a atualidade. Sua formação tanto lendária como histórica assim como seu período republicanos com as lutas politicas, sociais e revoltas e conquistas territoriais com guerras a posterior fase do Império Romano com imperadores que entraram no nosso imaginário popular. Os conteúdos abordados pelo ENEM no que se refere a esta civilização não cobra a parte factual mas sim uma interpretação ou melhor um esforço interpretativo que problematizam o contexto histórico, seja a partir de textos de historiadores, seja de fontes históricas como pinturas, fotografias, literatura, discursos políticos, entre outros. Porém, para um entendimento melhor dessas fontes históricas é necessário um entendimento da sua história factual, ou seja, de seu conteúdo histórico.

Romulo e Remo amamentados por uma loba
uma das lendas sobre a origem de Roma
No que tange ao conteúdo em torno do Império Romano, vários temas podem ser abordados nas questões, como o grande florescimento artístico e cultural que ocorreu no chamado período da Pax Romana (“Paz Romana”), no qual apareceram figuras como o poeta Virgílio, autor de Eneida;  a forma de organização política e administrativa do Império; as hierarquias do exército; as construções de engenharia e os monumentos arquitetônicos; os deuses romanos, entre outros. Além desses temas, típicos do apogeu do Império Romano, há também os temas relacionados com a Crise do Império, tais como as Invasões Bárbaras e a expansão do cristianismo. Outro eixo de temas que também pode ser eventualmente explorado no Enem refere-se ao legado romano para o Ocidente
Os períodos da história de Roma
A história de Roma é dividida em três momentos a saber
  • Monárquico (753-509 a.C.);
  • Republicano (507-27 a.C.);
  • Imperial (27 a.C. – 476 d.C.).
 Período Monárquico: o domínio etrusco
Ao que parece baseando nas lendas sobre o período Monárquico , a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes origens; os últimos de origens etrusca, devem ter dominado a cidade por cerca de cem anos. onde os reis de origem etrusca deram a Roma o aspecto de cidade realizando diversas obras publicas como templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.
Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada:
  • Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado.
  • Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos.
  • Clientes: eram homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente um patrício de posses.
  • Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito civil ou político.

Como ultimo rei etrusco, Tarqüínio, o Soberbo. a monarquia cai em 509 a.C., provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor dos plebeus e tem inicio o período chamado de Republica.
Período Republicano
República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública”. Durante a passagem da monarquia para a república, eram os patrícios monopolizaram o poder como controle das instituições políticas. Concentrando o poder religioso, político e a justiça, eles exerciam o governo procurando se beneficiar.
Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército.


Organização política e social na república
Na república, o poder executivo que era praticado pelo rei foi entregue a dois cônsules que exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembleia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.
À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.) dessas lutas os plebeus foram conquistando direitos ente eles o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus, a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo.
Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais

A estrutura do poder ficou assim:
  • Cônsules: chefes da República, com mandato de um ano; eram os comandantes do exército e tinham atribuições jurídicas e religiosas.
  • Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram vitalícios. Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas decisões acerca da política interna e externa.
  • Magistraturas: responsáveis por funções executivas  e judiciária, formadas em geral pelos patrícios.
  • Assembléia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das leis e era responsável pela eleição dos cônsules.
  • Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e era responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo).

A expansão das fronteiras romanas
As Guerras Púnicas deu a Roma o monopólio
comercial do Mar Mediterrâneo

Logo apos a instalação da República, Roma da inicio a suas guerras de expansão que podemos colocar em dois objetivos: defender Roma  dos povos vizinhos rivais e tomar posse de terras necessárias à agricultura e  ao pastoreio. Assim, apos sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, estas politica de guerras de conquista permitiu que o Roma de pequena cidade incorporasse um grande império ocupando parte dos continentes europeu, asiático e africano.
O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos).
As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”).





Esta questão caiu na prova do Enem de 2000, tente resolver esta questão sobre o sistema de leis na Roma Clássica, no decorrer da passagem do período republicano para o período imperial. A resolução está go abaixo da questão, com comentários e habilidades cobradas na prova. a questão foi adaptada de forma a não prejudicar o entendimento



Leia os ditos abaixo:
“Somos servos da lei para podermos ser livres.” Cícero

“O que apraz ao príncipe tem força de lei.” Ulpiano

As frases acima são de dois cidadãos da Roma Clássica que viveram praticamente no mesmo século, quando ocorreu a transição da República (Cícero) para o Império (Ulpiano).
Tendo como base as sentenças acima, considere as afirmações:
I-  A diferença nos significados da lei é apenas aparente, uma vez que os romanos não levavam em consideração as normas jurídicas.
II- Tanto na República como no Império, a lei era o resultado de discussões entre os   representantes escolhidos pelo povo romano.
III- A lei republicana definia que os direitos de um cidadão acabavam quando começavam os direitos de outro cidadão.
  IV- Existia, na época imperial, um poder acima da legislação romana.
Estão corretas, apenas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

Resposta: Letra E
Habilidade: Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
Comentários: Os romanos criaram uma legislação bem elaborada, que influenciou fortemente nosso sistema jurídico. Mesmo com o advento da república em Roma, não havia democracia nos moldes modernos, com votação direta para representantes do governo. Já no período Imperial, o imperador estava acima das leis, sendo considerado um representante dos deuses.



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