quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Exercicios gabaritados sobre a Grécia

Exercicios/Grécia
1) O nome perieco, em grego [perioikos], significava morador “em torno da casa” e servia para designar uma classe com várias obrigações de Estado, entre elas a do serviço militar. Com base nestas obrigações estatais dos periecos em Esparta antiga, é correto afirmar que estes homens socialmente eram reconhecidos como:
a) cidadãos espartanos que cumpriam o dever cívico desde o nascimento, servindo como guerreiros e sustentando a ordem dentro e fora da militarizada cidade-Estado de Esaprta.
b) homens livres, mas com direitos limitados, estando politicamente submetidos aos esparciatas, os cidadãos espartanos, os quais definiam o lugar dos periecos na guerra
c) trabalhadores servos, presos à terra e sem direitos políticos, estando sob a autoridade direta dos hilotas, os cidadãos espartanos, que os levavam para a guerra como escravos.
d) escravos de uma categoria superior a dos hilotas. Os periecos recebiam alforria com mais facilidade e não podiam ser maltratados por seus senhores, pois serviam na guerra
e) pequenos proprietários rurais que ganharam cidadania espartana depois da guerra do Peloponeso, quando Esparta teve que convocar mais homens além dos seus cidadãos.

2) Temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. Somos, antes, exemplos que imitadores. Nominalmente, como as coisas não dependem de uma minoria, mas, ao contrário, da maioria, o regime se denomina democracia. No entanto, se, em matéria de divergências particulares, a igualdade de todos diante da lei é assegurada, cada um, em virtude das honras devidas à posição ocupada, é julgado naquilo que pode ocasionar sua distinção: no que se refere à vida pública, as origens sociais contam menos que o mérito, sem que a pobreza dificulte a alguém servir à cidade por causa da humildade de sua posição (...)

Uma pessoa pode, ao mesmo tempo, ocupar-se de seus assuntos e dos do Estado e a multiplicidade das ocupações não impede o julgamento dos assuntos públicos. Somos os únicos a taxar, efetivamente, aqueles que não fazem parte dos ativos, mas dos inúteis.
Tucídides, História da Guerra do Peloponeso.
Tratando da democracia ateniense, o autor destaca, nesse texto:
a)a influência que outros modelos políticos exerceram sobre Atenas;
b)    a importância do princípio da isonomia entre os cidadãos.
c) seu desprezo por aqueles que se dedicavam à vida pública;
d) o critério censitário que determinava a participação política;
e) a influência que outros modelos políticos exerceram sobre Atenas;

3) Ao povo dei tantos privilégios quantos lhe bastam à sua honra; nada tirei nem acrescente; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também neles pensei que nada tivessem de infamantes... Entre uma e outra facção, a nenhuma permitiu vencer injustamente. (Sólon, século VI a.C.)
No governo de Atenas, o autor procurou:
a) Restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas demandas pusessem em perigo a realeza
b) Impedir que o equilíbrio político existente, que beneficiava a aristocracia, fosse alterado no sentido da democracia.
c) Permitir a participação dos cidadãos pobres na política para derrubar o monopólio dos grandes proprietários de terras.
d) Abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao mesmo tempo em que mantinha sua exclusão da vida política.
e) Disfarçar seu poder tirânico com concessões e encenações que davam aos cidadãos a ilusão de que participavam da política.

4) Através da cultura, a sociedade humana constrói seu conhecimento sobre a natureza e procura decifrar os mistérios do universo. A produção cultural foi um dos Destaques da Grécia na Antiguidade. Na época, o teatro grego:
a) conseguiu sintetizar as preocupações religiosas da sociedade, criticando as concepções mitológicas dominantes
b) teve suas encenações ao ar livre bastante admiradas, com atores do sexo masculino, usando máscaras nas representações.
c) divertiu o povo com suas comédias cheias de ironia filosófica, evitando a representação de temas sobre as angústias humanas.
d) representou a vida confusa dos deuses gregos, contribuindo para esvaziar o poder dos mitos e da aristocracia.
e) foi à expressão das preocupações filosóficas do seu povo, divulgando uma ética democrática sem ligações com a religião.

5) No período clássico grego (Séc. V–IV a.C) Atenas com sua ordem democrática, seu desenvolvimento econômico e sua expansão pelo mar Egeu, destacou-se como a mais importante entre as cidades-estados da Grécia antiga. O fortalecimento grego-ateniense apoiado numa forte política expansionista deflagrou inúmeros conflitos com o Império Persa, outra potência que disputava com os Gregos o controle da Jônia (região costeira da Ásia Menor). Posteriormente, deflagraram-se as guerras entre as polis gregas contra a hegemonia ateniense, fortalecida ainda mais após as guerras com os Persas. Dessas lutas entre cidades-estados, a derrota de Atenas significou o declínio da sociedade grega clássica.
A quais acontecimentos, respectivamente, se refere o texto acima?
Assinale a alternativa correta.
a) Guerras Médicas e Batalha de Pelusa.
b) Guerra do Peloponeso e Batalha de Pelusa.
c) Guerras Púnicas e Guerra do Peloponeso
d) Guerras Médicas e Guerra do Peloponeso.
e) Guerras Médicas e Guerra do Peloponeso.
6) Atenas viveu, após as reformas implementadas por Clístenes em 508 a.C., sob um regime democrático. As reformas na distribuição dos cidadãos por tribos, ampliadas de 4 para 10 e a repartição de cada tribo em três demos, um na cidade, um no litoral e outro na área rural, foram as bases para as reformas posteriores. Sobre o assunto, assinale a afirmativa incorreta:
a) O ostracismo, aplicado pela primeira vez no período 488 – 487 a.C., estabelecia a expulsão do cidadão denunciado como politicamente perigoso e a cassação de seus direitos políticos por um prazo de dez anos.
b) Entre as reformas implementadas por Péricles, a criação da mistoforia – remuneração ao exercício de cargos e à participação nas assembléias – permitiu que os cidadãos mais pobres pudessem participar da política sem colocar em risco a sua subsistência material.
c) Todos os habitantes de Atenas, maiores de dezoito anos, de qualquer gênero, de qualquer procedência, ou de qualquer classe de riqueza podiam votar na assembléia popular – Eclésia.
d) Na Atenas do século IV a.C., a Eclésia era o centro de vida política, englobando entre suas funções as dimensões legislativa, executiva, judiciária e eleitoral.
e) Ao longo do século IV a.C., a democracia ateniense enfrentou dificuldades para manter suas instituições, dentre elas as advindas do volume de recursos para sustentar as remunerações dos cidadãos, como a mistoforia.

7) Na sociedade espartana, o hilotismo era elemento constitutivo de sua organização social. Sobre os hilotas, assinale o que for correto:
1       Eram responsáveis pelo comércio e artesanato locais.

2       Eram respeitados pela classe dominante espartana, tendo a possibilidade de acumular pequenas fortunas com as quais comprovam títulos de cidadania.

4       Eram submetidos aos kriptios, forma de repressão e extermínio, para impedir o crescimento demográfico e rebeliões.

8       Constituíam a camada

São Corretas:

8) O conjunto das reformas políticas que se encontravam na origem da polis dos lacedemônios estava reunido em um documento proveniente do
oráculo de Delfos denominado “Grande Retra”, muito provavelmente um decreto-lei primitivo, anterior ao século VI a.C., sobre o governo espartano.
De acordo com esse documento:
A respeito da organização política de Esparta no período
clássico (séculos V e IV a.C.), não é correto afirmar que:
a) o corpo cívico era constituído por indivíduos de sexo
masculino, nascidos de pai e mãe espartanos, os
assim denominados homoioi ou “iguais.
b) a polis era uma oligarquia que, de modo atípico,
conservava a instituição da realeza, representada
por dois reis escolhidos entre as famílias mais
importantes, os quais eram obrigados a jurar lealdade
à constituição espartana.
C) o Estado espartano regulava estritamente o sistema
educacional dos cidadãos, razão pela qual as crianças
do sexo masculino eram, aos 7 anos de idade,
retiradas do convívio familiar para receberem uma
formação militar coletiva.
d) o conselho espartano (gerúsia) era formado por trinta
membros, cabendo-lhe a tarefa de elaborar os projetos
de lei a serem submetidos à assembléia, e atuava
como a mais alta instância da justiça criminal.
e) a assembléia espartana (ecclesia), da qual fazia parte
o conjunto da população da Lacedemônia (espartanos,
periecos e hilotas), era soberana sobrepondo-se à
capacidade decisória da gerúsia.

9) Denominamos de “civilização helenística” à civilização que resultou:
a) da unificação cultural do Oriente, após as conquistas de Ciro.
b) da fusão de elementos culturais gregos e persas, ao fim das Guerras Médicas;
c) da fusão de elementos culturais atenienses e espartanos ao fim da Guerra do Peloponeso.
d) fusão dos elementos culturais gregos e romanos nas áreas conquistadas por Roma.
e) da fusão de elementos culturais gregos e orientais nas regiões conquistadas por Alexandre Magno.
10) A conseqüência mais aparente das invasões foi a destruição quase integral da civilização micênica. No espaço de um século, as criações orgulhosas dos arquitetos aqueus, palácios e cidadelas, não são mais do que ruínas. Ao mesmo tempo vemos desaparecer a realeza burocrática, a escrita, que não passava de uma técnica de administração, e todas as criações artísticas...” (Pierre Lévèque, A aventura grega.)
O texto refere-se às invasões:
a) Persas
b)germânicas.
c)macedônicas.
d)dóricas
e)cretenses.

Gabarito:
1)B
Comentário: Os periecos dedicavam-se principalmente ao comércio e ao artesanato. Descendiam dos povos conquistados pelos esparciatas e não tinham direitos políticos nem participavam dos órgãos do governo, mas pagavam impostos ao governo.

2)B
Comentário: Todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis. Essa igualdade de direito era chamada pelos atenienses de isonomia.
3)B
Comentário: Sólon dividiu a sociedade de forma censitária, ou seja, de acordo com a renda de cada indivíduo, possibilitando a ascensão dos demiurgos que eram os homens enriquecidos pelo comércio.

4)B
Comentário: A encenação das peças era feita exclusivamente por atores masculinos que usavam máscaras e representavam também personagens femininos, que deram origem às grandes obras do teatro ateniense.

5) E
Comentário: A guerra do Peloponeso foi um conflito armado entre Atenas e Esparta. (431 a 404 a.C.). A razão da guerra foi o crescimento do poder ateniense e o temor que o mesmo despertava entre os espartanos). As Guerras Médicas ocorreram entre os povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e os medos-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região, principalmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa.

6)C
Comentário: Apenas pequena parte da população masculina adulta constituía o grupo dos cidadãos. Os estrangeiros, os escravos, as mulheres e os jovens menores de 21 anos não tinham direitos políticos, excluídos da vida democrática. Só uma minoria tinha direitos.
7) Soma:12
Comentário: Para controlar as revoltas, os esparciatas organizavam expedições anuais de extermínio (criptias), que consistiam na perseguição e morte dos hilotas considerados perigosos.
Desprezados socialmente, promoviam revoltas contra os grupos dominantes.
Os hilotas viviam presos à terra dos esparciatas e com seu trabalho sustentavam os cidadãos.
8)E
Comentário: A assembléia ou ápela era formada por todos os cidadãos
dórios. O poder era controlado por um grupo restrito
e fechado, que se fazia representar pela gerúsia e pelos
éforos

9) E
10) D
Comentário: Os dórios destruíram a civilização Creto- Micênica provocando o fenômeno denominado Primeira Diáspora Grega.



GRÉCIA ANTIGA
DAS ORIGENS AO PERÍODO ARCAICO

A CIVILIZAÇÃO GREGA







Localização: Península Balcânica

Condições geográficas: relevo acidentado, montanhoso e solo pouco fértil, isolavam os vários grupos humanos locais, dificultando a comunicação e favorecendo a formação política predominante: a Pólis.

Costa litorânea muito recortada com bons portos favoreceram a navegação e o comércio.

PERÍODOS

Período Pré-Homérico (2800 – 1100 a. C.) – povoamento da Grécia.

Período Homérico (1100 – 800 a. C.) – poemas Ilíada e Odisséia.

Período Arcaico (800 – 500 a.C) – formação da pólis (cidade-Estado).

Período Clássico (500 – 336 a.C) – auge da pólis.

Período Helenístico (336 – 146 a.C) – decadência da pólis/ domínio Macedônico.

PERÍODO PRÉ - HOMÉRICO

Caracterizado pelas invasões arianas: aqueus, eólios, jônios e dórios
Os mais antigos vestígios arqueológicos encontrados na Grécia atual dão indícios da existência de povos vivendo nessa região por volta de 2500 a.C..
Tais povos se mesclaram a outros que invadiram a região por volta de 2500 a.C.
 Os aqueus foram os primeiros seguidos dos eólios e jônios.
A convivência entre os povos do local e os invasores não era nada pacífica. Por volta de 1200 a.C. chegam os dórios.
Civilização Creto-Micênica (cretenses + aqueus):
Cretenses: comércio marítimo, talassocracia (poder nas mãos de elite comerciante), escrita silábica (Linear A e Linear B), destaque para as mulheres;
Micênicos: Grécia Continental – aqueus. Conquistaram os cretenses, porém assimilaram alguns de seus valores culturais;
OS DÓRIOS
Exímios guerreiros, saqueadores e conhecedores do ferro, enquanto os povos locais utilizavam apenas o bronze.Destruíram inúmeros centros urbanos.
A invasão dórica levou os gregos a fugirem, constituindo a Primeira Diáspora Grega. Alguns se dirigiram para as diversas ilhas vizinhas enquanto outros rumaram para o interior.















PERÍODO HOMÉRICO

  Cavalo da Troia, passagem do Livro a Iliada atribuído a Hómero


Caracterizado pela formação dos genos séc. XV a.C – VIII a.C.

Os tempos homéricos têm início com a invasão dos dórios.

A denominação é devido às principais fontes que retratam o período, atribuídas a Homero: Ilíada (guerra de Tróia)  e Odisséia (narra as aventuras de Ulisses, herói grego).


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Pela organização em GENOS, famílias coletivas que reuniam descendentes de um antepassado comum. Cada genos era chefiado pelo membro mais velho, o pater, com autoridade militar, religiosa e política;

Economia sustentada na agricultura e no pastoreio. A terra era propriedade coletiva. A produção destinava-se à subsistência da família. Comércio pouco desenvolvido e à base de trocas. Não havia desigualdade econômica e nem social.

DESINTEGRAÇÃO DOS GENOS



Por volta do séc. VIII a.C., iniciou-se o processo de desagregação das comunidades gentílicas. O crescimento populacional foi maior que o da produção, começou a faltar alimentos.

O pater passa a fazer a divisão de terras. Beneficiou seus parentes mais próximos, com os melhores lotes que foram transformados em propriedade privada.Surge uma nova classe: os eupátridas (os bem nascidos). Aristoi (os melhores)



PERÍODO ARCAICO

Caracterizado pelo surgimento da PÓLIS séc. VIII a.C – VI a.C

O período arcaico caracteriza-se por transformações políticas e sociais e consolidação das cidades-estados. (Atenas e Esparta)

A Monarquia foi sendo substituída pela oligarquia (regime político fundado no exercício do poder por parte de um grupo reduzido de pessoas, pertencentes à mesma família ou grupo)

Enriquecimento da aristocracia e acentuação da desigualdade social. Sociedade torna-se escravista (guerras e dívidas)


O SURGIMENTO DA PÓLIS



As disputas entre proprietários e não-proprietários e daqueles que passam a se dedicar ao comércio, bem como os conflitos entre os vários genos resultaram na crescente instabilidade que motivou a união dos mais poderosos de vários genos, buscando um poder forte e controlador.

Genos=fratria=tribo=demos(povo ou povoado),

AS PÓLIS



Os novos grupos sociais, a propriedade privada e o surgimento do demos marcaram o advento da pólis (cidade-estado) grega. Ponto geográfico central a acrópole – local mais elevado da povoação, em torno da qual se desenvolveria um núcleo urbano. As cidades-estados logo seriam lideradas por um conselho de eupátridas.Cada cidade era governada por um rei, o basileu.


EXPANSÃO COLONIAL

Com a contínua expansão demográfica e escassez de terras, os gregos passaram a buscar novas áreas para sobreviver.

Trata-se do início do processo de colonização grego no Mediterrâneo, o norte do mar negro, as costas asiáticas e o norte da África.

Esse processo ficou conhecido como Segunda Diáspora Grega.
O COLONIALISMO
As colônias eram autônomas e politicamente independentes, apesar de manterem vínculos com suas cidades de origem.
O colonialismo provocou uma expansão da agricultura, da pecuária e do próprio artesanato. Houve desenvolvimento comercial.
A Grécia importava alimentos e matérias-primas e exportava produtos elaborados (vinho, azeite, cerâmica, etc.)
GRÉCIA: ESPARTA E ATENAS
A COLONIZAÇÃO COLABOROU PARA O DESENVOLVIMENTO DO URBANISMO: AS CIDADES-ESTADOS CUJA CARACTERÍSTICA PRINCIPAL É A AUTONOMIA ECONÔMICA E POLÍTICA
ESPARTA


UMA CIDADE-ESTADO FECHADA, AGRÁRIA E OLIGÁRQUICA
Localização: Esparta situava-se na região da Lacônia, na Península do Peloponeso, numa planície fértil quer era uma exceção no conjunto geográfico grego. Essa planície apresentava-se isolada das regiões vizinhas por altas montanhas.
Fundada no século IX a.C. pelos Dórios, que logo submeteram os primeiros habitantes da região, a sociedade espartana teve um desenvolvimento semelhante aos das demais pólis gregas.
ECONOMIA
A propriedade em Esparta era Estatal; a terra, dividida em lotes, era doada vitaliciamente aos espartanos e trabalhadas pelos hilotas.
Era proibida a prática do comércio pelos espartanos, contribuindo para o monopólio comercial dos periecos (aqueus que habitavam a periferia).
Como comerciantes, os periecos completavam a economia da pólis, favorecendo a auto-suficiência espartana e a xenofobia (aversão ao estrangeiro).
SOCIEDADE
A sociedade espartana era formada por:
Espartanos: descendentes dos dórios e os únicos detentores de terras e de poder político;
Periecos:aqueus livres que não tinham direitos políticos e que deveriam participar do exército quando necessário.(comerciantes e artesãos).
Hilotas: aqueus escravizados nas guerras messênicas. Não possuíam direitos políticos.
LEGISLAÇÃO
A legislação espartana teria sido criada por Licurgo, personagem legendária, e se baseava no monopólio político dos cidadãos-guerreiros, os espartanos, e na marginalização dos demais – muito embora os periecos tivessem obrigações militares em caso de guerra.
POLÍTICA
Politicamente, Esparta era baseada na oligarquia.
Diarquia: formada por dois reis, com autoridade religiosa e militar;
Gerúsia: também conhecida como conselho dos Anciãos, era composto por 28 esparciatas com mais de  60 anos. Fiscalizavam a administração e decidiam sobre a maior parte dos assuntos do governo;
Ápela: era a Assembléia popular, formada pelos cidadãos com mais de 30 anos. Sua principal função era eleger os éforos.
Eforado: composto por cinco éforos, com mandato de um ano. Eram os verdadeiros administradores da cidade. Fiscalizavam os reis, controlavam o sistema educacional e distribuíam a propriedade entre os esparciatas.
EDUCAÇÃO ESPARTANA
O Estado se encarregava da educação dos espartanos, baseada no aprimoramento físico. O espartano deveria estar sempre pronto para a revolta dos seus servos. O incentivo ao crescimento demográfico era inócuo, pois o rigor da educação eliminava a maioria dos jovens, sobrevivendo apenas os mais fortes e resistentes.
A sociedade espartana era conservadora, a educação era voltada para o militarismo, obediência a regras e vigor físico, e isso impunha um código moral bastante severo.
A criança ao nascer era examinada por um conselho de cidadãos, que avaliava sua condição física, caso houvesse alguma deficiência era atirada em um desfiladeiro. Crianças eram entregues ao estado a partir dos sete anos, para prepará-las para a educação militar, garantindo a proteção da cidade e a ordem interna.
A obrigação da mulher era a de gerar filhos saudáveis para servir ao Estado,praticavam exercícios que lhes garantissem uma vida forte e saudável.
ATENAS


ABERTA AO COMÉRCIO, RICA, DINÂMICA E DEMOCRÁTICA, APRESENTAVA-SE O OPOSTO DE ESPARTA
O BERÇO DA DEMOCRACIA: Atenas destacou-se como o maior centro cultural, político e econômico da Grécia. Cidade de origem jônica, tornou-se m padrão de desenvolvimento para as cidades-estado  gregas.

Localização: na Ática, nas proximidades do mar Egeu.

SOCIEDADE

Atenas era formada pelas seguintes camadas sociais.

Eupátridas: os bem nascidos, camada aristocrática que detinha os privilégios, constituída pelos grandes proprietários de terras;
Georgóis, pequenos proprietários de terras em regiões pouco férteis;
Thetas: não possuíam terras. Eram trabalhadores assalariados;
Demiurgos: artesãos e comerciantes concentrados no litoral;
Metecos: estrangeiros que moravam em Atenas dedicando-se ao comércio e ao artesanato. Não possuíam direitos políticos e nem podiam comprar terras.
Escravos: prisioneiros de guerra ou por dívidas.

ECONOMIA

A base da economia ateniense era o comércio. A produção agrícola ficava a cargo dos pelos escravos.

A manutenção da escravidão na cidade foi fundamental tanto para o desenvolvimento da economia, como para a consolidação da democracia, possibilitando uma situação política mais equilibrada, na medida em que as camadas populares tiveram algumas de suas reivindicações atendidas. Ao preservar o trabalho escravo, a elite econômica tinha grande disponibilidade de seu tempo para participar das Assembléias e das demais atividades políticas.

POLÍTICA

Monarquia aristocrática: primeira forma de governo de Atenas, o poder era exercido por um rei: o basileu. Aos poucos o poder do rei foi limitado pelos eupátridas.

Oligarquia: governo passou a ser exercido por um conselho de eupátridas (o Arcontado).

O descontentamento popular, apoiado pelos ricos comerciantes (demiurgos)  foi se fortalecendo e impondo mudanças na ordem política tradicional. Para resolver os conflitos eram necessárias reformas.

Os aristocratas encarregaram DRÁCON de elaborar um código de leis escritas para a cidade. Eram leis rígidas, porém não conseguiram resolver os conflitos.

Outro legislador, SÓLON, propõe medidas mais radicais a fim de resolver os conflitos:

Aboliu a escravidão por dívidas; dividiu os cidadãos em quatro classes (baseada na riqueza)e determinou a relativa participação política de cada classe.

Entretanto, as reformas de Sólon não conseguiram apaziguar os ânimos.


Essa crise facilitou a tomada de poder pela força.

Tirania: o período da tirania iniciou-se com Pisístrato. Esse tirano deu terras dos aristocratas aos pequenos proprietários, concedeu empréstimos aos fazendeiros, incentivou a colonização e o comércio, construiu obras públicas.

Democracia: Clístenes, outro tirano fez nascer à democracia ao aperfeiçoar a leis de Sólon.

DEMOCRACIA



O direito de cidadania foi ampliado. Passaram a ser considerados cidadãos os filhos de pai ateniense. Clístenes criou a lei do ostracismo, que era a condenação ao exílio de Atenas, por dez anos, às pessoas consideradas perigosas pelo Estado.

A democracia ateniense atingiu se apogeu no século V a.C., com Péricles, que governou 14 anos e promoveu Atenas tanto politicamente como culturalmente.

O governo democrático de Atenas era constituído da seguinte forma:

Bulé – assembléia encarregada da elaboração das leis.

Eclésia – votava as leis e escolhia os estrategos, encarregados de fazer executar as leis.

Hiléia – tribunais de justiça.

    É importante lembrar que os cidadãos de Atenas representavam a minoria da sociedade. Não podiam participar da vida política as mulheres, os estrangeiros (que eram em grande número), os jovens e os escravos. Ao mesmo tempo em que se aperfeiçoavam as instituições democráticas, consolidava-se o escravismo.

DEMOCRACIA GREGA x ATUAL

A democracia grega era direta e limitada aos ricos proprietários. O próprio cidadão defendia os seus interesses políticos.

Nossa democracia é representativa, escolhemos os candidatos que vão nos representar. Todos com maior de 18 anos estão obrigados a exercer seus direitos políticos
RELIGIÃO
É mais fácil dizer o que não foi a religião grega. Malfadada será a tentativa do estudioso de classificá-la, porque difere marcadamente de quase todas as crenças mais conhecidas.
Logo ao começo teria a surpresa da descoberta de que os gregos não possuíram escritos sagrados. Procuraria em vão dogmas, doutrinas e credos. A religião é mencionada nos antigos escritos. Toda página de Homero contém referências aos deuses, mas sua obra não pode ser considerada a bíblia grega.
Não tiveram escrituras sagradas nem grandes revelações aos homens dos desejos dos deuses. Reinava extraordinária familiaridade. Eram freqüentes as conversações entre deuses e homens, e nada raro o mortal queixar-se da divindade por haver faltado a promessas ou mesmo agido incorretamente. A literatura grega está repleta de relatos dos amores entre homens e deuses, dos deuses com mulheres terrenas.
TEATRO
No começo, o teatro grego não era apenas uma narração dramática, era um rito religioso em honra a Dionísio. Os teatros eram auditórios ao ar livre. A hora do início do espetáculo era o amanhecer. Muitas vezes os cidadãos assistiam a três tragédias, uma tragicomédia e uma comédia. O teatro era considerado parte da educação de  um grego. Em Atenas, o comércio era suspenso durante os festivais dramáticos. Os tribunais fechavam e os presos eram soltos. O preço da entrada era dispensado para quem não pudesse pagar; e até as mulheres que não podiam participar da maioria dos  acontecimentos públicos, eram bem recebidas no teatro
Filosofia ou Ciência
Pode dividir-se a história da filosofia grega em três períodos:
I Período pré-socrático (séc. VII-V a.C.) - Problemas cosmológicos. Período Naturalista: pré-socrático, em que o interesse filosófico é voltado para o mundo da natureza;
II. Período socrático (séc. IV a.C.) - Problemas metafísicos. Período Sistemático ou Antropológico: o período mais importante da história do pensamento grego (Sócrates, Platão, Aristóteles), em que o interesse pela natureza é integrado com o interesse pelo espírito e são construídos os maiores sistemas filosóficos, culminando com Aristóteles;
III. Período pós-socrático (séc. IV a.C. - VI a.C.) - Problemas morais. Período Ético: em que o interesse filosófico é voltado para os problemas morais, decaindo entretanto a metafísica;
IV. Período Religioso: assim chamado pela importância dada à religião, para resolver o problema da vida, que a razão não resolve integralmente. O primeiro período é de formação, o segundo de apogeu, o terceiro de decadência.

PERÍODO CLÁSSICO: V a.C IV a.C - CONFLITOS
Guerras Médicas (498 - 448aC) Gregos (Atenas + Esparta) X Persas
Guerras do Peloponeso (431 – 404 aC)

Atenas X Esparta + Pérsia
Atenas + Esparta X Tebas
Batalha de Queronéia (338 aC)
Filipe II da Macedônia derrota os gregos
HELENISMO: IV a I a.C

338 aC: Macedônicos dominam Grécia
336 aC: Morte de Filipe II
Alexandre

 Império de Alexandre Magno
Gregos + Egípcios + Persas + Macedônicos
323 aC: Morte de Alexandre
30 aC: Dominação Romana


Helenismo e Cultura
Biblioteca de Alexandria : 500 mil volumes
Biblioteca de Pérgamo : 400 mil volumes
Geocentrismo
Circunferência da Terra
Geometria
Princípios da Física
História
Estoicismo (Zenão) : dor e prazer
Epicurismo : Busca do Prazer
Ceticismo (Pirro): Nada Julgar